No dia 16 de Novembro, demos início às principais Competições Internacionais da nossa 16ª edição. Até 29 de Novembro, a Casa do Comum e o Teatro do Bairro serão palco de sessões imperdíveis de documentário e vídeo-dança.
Após duas primeiras semanas marcadas por sessões especiais de vídeo-dança no Shortcutz Lisboa (Cossoul) e na Casa do Comum, pela exibição de espectáculos das companhias de dança Baal (Viajantes do Espaço) e CiM (Uma Outra Forma), pela realização da Competição Internacional de Animação, e pelas inesquecíveis performances de SOPRO, uma criação CiM, e The Heroine’s Journey, de Anouk Froidevaux, damos agora arranque ao epicentro da nossa programação: as Competições Internacionais de Documentário e Vídeo-Dança.
Realizada entre 16 e 24 de Novembro, a Competição Internacional de Documentário reúne um total de 18 filme provenientes de 10 países e ilustra o panorama actual do documentário relacionado com a dança. Apresentada pela primeira vez na recém-fundada Casa do Comum, conta com seis sessões, ao longo das quais serão exibidos filmes realizados por artistas nacionais, como Pedro Saudadhe e Eva Ângelo, e internacionais, como André Uerba, Kitty Yeung, Veronika Pokoptceva e Jeanne Maye. Teve início no passado sábado, 16 de Novembro, com a exibição de Nôs Dança, um filme de Rui Lopes Silva, que esteve presente na sessão e dinamizou uma conversa rica com o público.
Ao Documentário segue-se o Vídeo-Dança: de 26 a 29 de Novembro, a Competição Internacional de Vídeo-Dança regressa ao Teatro do Bairro com um total de 71 filmes imperdíveis. Provenientes de 32 países e exibidas ao longo de sete sessões, estas criações colocam em evidência aquilo a que Pedro Sena Nunes, Co-Director Artístico do Festival, se refere como o “namoro constante entre o corpo e a imagem”, e, nas suas palavras, primam pela “sua qualidade técnica, estética e narrativa”.
“Ao longo dos anos, temos sentido um aumento exponencial na qualidade das propostas Em termos temáticos, há um constante toque de actualidade: à velocidade a que o Mundo rodopia, a cada ano há assuntos absolutamente gritantes e desafiadores para quem cria e assistimos sempre à abordagem de questões políticas, sociais, ou de ordem mais poética. Do ponto de vista criativo, tem-se sentido uma grande inovação na abordagem dos temas. Já do ponto de vista narrativo, destaca-se a concisão com que as mensagens são trabalhadas”, salienta o Co-Director Artístico.
A realização das Competições vê-se completa com uma Entrega de Prémios, realizada a 30 de Novembro, no Teatro do Bairro. Com o objectivo de premiar os destaques da edição, vários grupos de jurados avaliarão as propostas cénicas em competição mediante categorias específicas. Destacam-se: Júri Oficial, composto pelos artistas convidados Marlene Millar e Sam Asaert, e pela professora e investigadora Cecília Lima; e Júri Documentário, composto Américo Peças, professor e pedagogo, Margarida Mourão, cantora e psicóloga clínica, e por Melissa Silvestre, aluna da Escola Artística António Arroio.
A participação nas actividades dinamizadas no Teatro do Bairro está sujeita à compra prévia de bilhetes, que pode ser realizada através do seguinte link.
Paralelamente às Competições Internacionais, o InShadow engloba um conjunto de exposições fotográficas e instalações artísticas que estarão alocadas no Espaço Santa Catarina (de 22 de Novembro a 9 de Dezembro), Espaço Cultural Mercês (26 de Novembro a 9 de Dezembro) e na Galeria e Cisterna da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) (3 a 19 de Dezembro). O Espaço Cultural Mercês receberá ainda Kaput!, uma exposição multimédia interactiva desenvolvida pela artista Joana Franco, e a Galeria da FBAUL acolherá Discernible Beauty, uma exposição fotográfica da autoria de Sam Asaert.
“Esta edição é, em si mesma, um destaque. Todas as propostas são absolutamente extraordinárias e, de alguma forma, acabam por dialogar entre si. O espectador ideal seria aquele que pudesse ver tudo e, dentro desta constelação de oportunidades e experiências artísticas, tecer a sua própria narrativa. Acredito que é esta a vantagem da arte: fazer as pessoas a pensar sobre aquilo que as rodeia”, conclui Pedro Sena Nunes.
InShadow, o corpo imagina-se na sombra.